Nessa narrativa do escritor e ensaísta argentino Damián Tabarovsky, em sintonia com muitas teses de seu importante ensaio Literatura de esquerda, a tradição kafkiana se encontra em jogo, no auge do desencanto e da solidão contemporâneas. O texto vivaz, imantador, é capaz de rever a força da invenção referendada na modernidade, ao mesmo tempo em que captura um universo de valores e inquietações existenciais, de modo inaugural, vivamente firmado no presente.