Ao redesenhar as perspectivas da ficção-científica (legado do século XX), Cfer cria um diagrama dinâmico no presente milênio sobre as noções futuro e as regressões da ideia de progresso. Toda uma ideologia, tanto científica como fabular, política como existencial, está combinado no romance sob o signo da música progressiva (Kraut), centrando-se nos desvios de todos os tipos observados na realidade brasileira. Gradiente Spectrum parte de um esquema de antecipação (típico das ficções centradas no futuro) para especular a imensa rede de implicações tecnológicas no plano mais direto da realidade. Cria uma espécie de documento sobre o Brasil nos últimos anos, dentro de um presente acrônico/anacrônico anunciado por projeções futuras (nos domínios progressistas da ficção e da ciência).